Você já deve ter ouvido falar em Smart Cities e como elas utilizam a tecnologia para melhorar a qualidade de vida da população. Mas o que talvez não saiba é como uma iluminação pública inteligente pode contribuir para a eficiência desse processo. Sendo que, a modernização consiste na troca de lâmpadas e utilização de diferentes tipos de sensores eletrônicos para coleta de dados e gerenciamento de recursos.

Ao investir na modernização dos seus parques a gestão pública já garante melhorias como, por exemplo, ruas mais iluminadas e maior sensação de segurança. Além da redução nos gastos com manutenção e ainda economiza mais de 50% na conta de energia elétrica. Mas a infraestrutura utilizada na iluminação LED permite mais.  

Dentro do contexto da eficiência energética, a iluminação pública inteligente está entre as áreas em que as tecnologias 4.0 desempenham maior impacto. Ajudando os sistemas a ficarem mais eficientes, sustentáveis e menos custosos.

Porta de entrada para cidades inteligentes

Com a substituição das lâmpadas tradicionais de vapor de sódio pelos modelos de LED, a iluminação pública torna-se a porta de entrada para sistemas inteligentes nas cidades. E estes pontos, espalhados pela cidade, podem criar uma rede que transporta dados e agrega serviços. 

Com uma iluminação pública inteligente é possível conectar diferentes serviços à rede, com a implementação de projetos de internet das coisas. Isso porque os postes onde as soluções estão implantadas podem servir de plataforma para sensores e dispositivos.

Sendo assim, eles se comunicam com softwares, que recebem e interpretam os dados. Depois, toda essa informação é enviada para um sistema de controle, de onde pode ser usada para garantir mais eficiência para os serviços públicos. 

Mas o que é a telegestão? 

Para quem ainda não ouviu falar em telegestão, este sistema permite programar o funcionamento das luminárias em tempo real ou por agendamento de horários. Além de identificar ocorrências de falhas elétricas e lâmpadas queimadas e de permitir a regulagem da intensidade da luz, gerando economia de energia. Sendo assim, também viabiliza o monitoramento de tensão e corrente e prevê manutenções com base na coleta de dados. 

Além disso, é a chave para automatizar e agregar os mais diversos serviços que compõem a infraestrutura pública de um município, conectando a cidade ao cidadão. A comunicação sem fio do sistema remoto forma uma rede em malha que pode comportar um sistema wi-fi. A partir daí, tem-se o perímetro urbano conectado por meio do sistema de iluminação pública inteligente e infinitas possibilidades. 

Como, por exemplo, monitorar e avisar motoristas sobre vagas de estacionamento e alertar para catástrofes naturais. E ainda monitorar trânsito, limpeza de ruas e qualidade do ar. Tudo isso traz como entre seus benefícios economia de recursos e energia; minimiza os gastos com manutenção; e causa menos impactos no meio ambiente. 

Os conceitos da Iluminação Pública Inteligente na prática

Iluminação pública inteligente e eficiência energética são conceitos que estão interligados, principalmente quando se fala em Smart Cities. E um bom exemplo disso vem da Palhoça (SC).

Hoje o município ostenta o título de primeira cidade do Brasil com iluminação pública 100% em LED e com telegestão. Tudo isso sob o comando da Qluz, consórcio criado pela Quantum Engenharia e responsável pela execução dos serviços no município desde maio de 2020

Seus mais de 27 mil pontos de iluminação contam com o monitoramento remoto do parque em tempo real. Tecnologia que permite principalmente detectar e resolver falhas de forma mais ágil e eficaz. Sendo que isso gera uma economia com eficiência energética, redução de estoques e custos de manutenção com equipes e serviços. 

Atualmente o projeto tem apresentado uma economia média mensal de 63% aos cofres públicos, por exemplo. Além de oferecer ruas e praças mais seguras, contribuir com o meio ambiente e ser um dos principais requisitos para a cidade se transformar em uma smart city.